Ao pôr-do-sol,
no campo verde, perto do mar,
só eu e o barco...
Nada mais belo do que a paisagem colorida,
que alcança o meu parco olhar!
Atrás de mim um pinhal frondejante.
Ao longe uma casa esquecida
num terreno verdejante.
À minha frente o areal afagado pela onda
que chorou ainda há pouco,
ao bater na rocha rude, hedionda.
De rosto voltado para o sol, brilhando como louco,
levantei os olhos para o horizonte
e a onda caminhou paramim...
Ergueu a proa do barco, acariciou-me a fronte,
sorriu, esvaiu-se, regressando ao mar por fim.
O sol deixou no céu alaranjado
umas pinceladas de azul e branco,
que reflectiam a beleza de tanto mistério guardado...
A onda voltou tocando no flanco
do barco, que se quebrou.
minha alma cantou um poema branco,
e meu ser fascinado bailou!
Fernanda
sábado, dezembro 22, 2007
sexta-feira, dezembro 14, 2007
RETORNO
Retorno ao ponte de origem, visito os
Caminhos por onde pisei,
Recordo a menina travessa, a querer
Ultrapassar os limites e a deixar
Que a vida tome o seu corpo e alma.
A memória guarda os pedaços
Da minha história e em cada recanto.
Encontro-me.
Os olhos vagueiam e sentem a natureza
Gritando a sua força.
Recordo as minhas idades, 9, 10, 11 anos,
Caminho sem pressa, afasto as pedras,
Como flores, falo com elas…
São faladoras: contam-me as suas cores,
Do cheiro, da beleza e dos seus amores.
A memória lembra e não quero o seu
Fenecimento.
O rosto de hoje mudou,
Sou outra e sou a mesma.
O sol a declinar e a menina ali a observar
O crepúsculo a se esvair
Aos poucos, despedindo-se sem
Traumas, num adeus sereno,
Sem deixar lágrimas, na doce previsão
Do seu retornar.
A menina e eu na mais incondicional cumplicidade.
Fernanda
Retorno ao ponte de origem, visito os
Caminhos por onde pisei,
Recordo a menina travessa, a querer
Ultrapassar os limites e a deixar
Que a vida tome o seu corpo e alma.
A memória guarda os pedaços
Da minha história e em cada recanto.
Encontro-me.
Os olhos vagueiam e sentem a natureza
Gritando a sua força.
Recordo as minhas idades, 9, 10, 11 anos,
Caminho sem pressa, afasto as pedras,
Como flores, falo com elas…
São faladoras: contam-me as suas cores,
Do cheiro, da beleza e dos seus amores.
A memória lembra e não quero o seu
Fenecimento.
O rosto de hoje mudou,
Sou outra e sou a mesma.
O sol a declinar e a menina ali a observar
O crepúsculo a se esvair
Aos poucos, despedindo-se sem
Traumas, num adeus sereno,
Sem deixar lágrimas, na doce previsão
Do seu retornar.
A menina e eu na mais incondicional cumplicidade.
Fernanda
sábado, novembro 24, 2007
POEMA PARA O DEUS SOL
Um dia, olhei para o Céu,,
vi nele um espesso véu,
uma trovoada iminente:
Raios, coriscos, centelhas
Abrem crateras, vermelhas,
em corrupio permanente.
Um raio de sol espreita
por uma abertura estreita.
Entre nuvens carregadas,
pequenas gotas de chuva,
quais lágrimas de viúva,
são por ele violadas.
Passados breves instantes,
do acto entre os dois amantes,
um fenómeno acontece:
Um arco-iris, infinito,
torna o céu mais bonito,
O sol brilha, a terra aquece.
Belo arco-iris, colorido,
por nuvem negra parido,
que um raio de sol fecundou,
gera festival de cores,
filho de estranhos amores
que a tempestade juntou.
O Sol fonte de energia,
tudo mata, tudo cria,
seja em que lugar for,
É Deus da fertilidade,
luz divina, claridade,
com a terra faz amor.
Fernanda
vi nele um espesso véu,
uma trovoada iminente:
Raios, coriscos, centelhas
Abrem crateras, vermelhas,
em corrupio permanente.
Um raio de sol espreita
por uma abertura estreita.
Entre nuvens carregadas,
pequenas gotas de chuva,
quais lágrimas de viúva,
são por ele violadas.
Passados breves instantes,
do acto entre os dois amantes,
um fenómeno acontece:
Um arco-iris, infinito,
torna o céu mais bonito,
O sol brilha, a terra aquece.
Belo arco-iris, colorido,
por nuvem negra parido,
que um raio de sol fecundou,
gera festival de cores,
filho de estranhos amores
que a tempestade juntou.
O Sol fonte de energia,
tudo mata, tudo cria,
seja em que lugar for,
É Deus da fertilidade,
luz divina, claridade,
com a terra faz amor.
Fernanda
segunda-feira, novembro 12, 2007
A LIBERDADE
Nunca foi a liberdade
nas suas multiplas formas,
a força que tudo invade,
pois ela, em boa verdade,
tem preceitos e tem normas.
Não é força de poder;
Não é acto de heroísmo;
Não é impôr nosso querer;
É os outros compreender
com tolerância e civismo.
A liberdade assumida
é um gesto de coragem,
conduz-nos e é conduzida,
dá vigor e força á vida,
jamais, entra em derrapagem.
Nunca choca, nem colide
com segundas liderdades,
não impõe e não decide,
não coarcta, não agride,
respeita as outras vontades.
Estas normas e preceitos
cumpridos sem coacção,
são garantias, direitos,
obrigações, preconceitos,
que as liberdades nos dão.
Esta riqueza, infinita,
vamos defender
como algo em que se acredita
que o ser humano necessita
como de pão p'ra comer.
Fernanda
nas suas multiplas formas,
a força que tudo invade,
pois ela, em boa verdade,
tem preceitos e tem normas.
Não é força de poder;
Não é acto de heroísmo;
Não é impôr nosso querer;
É os outros compreender
com tolerância e civismo.
A liberdade assumida
é um gesto de coragem,
conduz-nos e é conduzida,
dá vigor e força á vida,
jamais, entra em derrapagem.
Nunca choca, nem colide
com segundas liderdades,
não impõe e não decide,
não coarcta, não agride,
respeita as outras vontades.
Estas normas e preceitos
cumpridos sem coacção,
são garantias, direitos,
obrigações, preconceitos,
que as liberdades nos dão.
Esta riqueza, infinita,
vamos defender
como algo em que se acredita
que o ser humano necessita
como de pão p'ra comer.
Fernanda
sexta-feira, novembro 09, 2007
A PROCLAMAÇÂO DA VIOLETA
Violeta, envergonhada,
Toda de roxo vestida,
entre montrastos perdida,
muitas vezes és pisada,
mesmo assim, ficas calada,
sem um ai ou um queixume
e se não fosse o teu perfume
nem serias detectada.
Não compreendo esse recato,
essa perpétua tristeza,
pois, tu sabes com certeza,
que gente de fino trato,
na lapela do seu fato
davam muito p'ra te usar
e os ares perfumar
p'ra prazer do teu olfacto.
Em lindos versos de amor,
és cantadas por poetas,
mantos de reis e profetas,
também são da tua cor,
portanto, esse teu temor,
não tem justificação,
já que em minha opinião,
tu és a mais bela flor.
Mostra-te sai do canteiro,
verás como toda a gente
fica feliz e contente
e dirá ao jardinheiro:
__" Linda flor e belo cheiro,
que cor rara e delicada,
faz lembrar uma boa fada
que protege um rei guerreiro "!
Os jardins convocarão
assembleias de mil flores,
muitos e bons, oradores
ás tribunas subirão,
dali te proclamarão
de todas as flores rainha
e até a grama daninha
te virá pedir perdão.
Alecrins e rosmaninhos,
urzes, tomilhos dos montes,
giestas e azevinhos
se acercarão dos caminhos
e ao mundo proclamarão
que dada a tua ascensão
não estão tristes nem sózinhos.
Fernanda
Toda de roxo vestida,
entre montrastos perdida,
muitas vezes és pisada,
mesmo assim, ficas calada,
sem um ai ou um queixume
e se não fosse o teu perfume
nem serias detectada.
Não compreendo esse recato,
essa perpétua tristeza,
pois, tu sabes com certeza,
que gente de fino trato,
na lapela do seu fato
davam muito p'ra te usar
e os ares perfumar
p'ra prazer do teu olfacto.
Em lindos versos de amor,
és cantadas por poetas,
mantos de reis e profetas,
também são da tua cor,
portanto, esse teu temor,
não tem justificação,
já que em minha opinião,
tu és a mais bela flor.
Mostra-te sai do canteiro,
verás como toda a gente
fica feliz e contente
e dirá ao jardinheiro:
__" Linda flor e belo cheiro,
que cor rara e delicada,
faz lembrar uma boa fada
que protege um rei guerreiro "!
Os jardins convocarão
assembleias de mil flores,
muitos e bons, oradores
ás tribunas subirão,
dali te proclamarão
de todas as flores rainha
e até a grama daninha
te virá pedir perdão.
Alecrins e rosmaninhos,
urzes, tomilhos dos montes,
giestas e azevinhos
se acercarão dos caminhos
e ao mundo proclamarão
que dada a tua ascensão
não estão tristes nem sózinhos.
Fernanda
quarta-feira, outubro 24, 2007
DAS ESTRELAS É RAINHA
Estava no céu a brincar
uma linda estrelinha,
caiu de alegria ao saltar,
chegando à nossa casinha
mais depressa que o luar,
da Lua à Terra vizinha.
Ao sentir o seu brilhar,
tão intenso na noitinha,
corremos para a agarrar,
mas ela, de pé sozinha,
estendeu o seu olhar,
para a Paula, sua mãezinha.
Resolvemos acordar,
que na casa da Paulinha,
ficaria a guardar,
a nossa querida estrelinha,
até um dia casar
e ter a sua casinha.
Ela é de todos nós,
todos lhe damos amor
mas decerto também vós,
sentis sua alma em flor
e na sua forte voz,
seu coração em fulgor.
Das estrelas é rainha,
das flores nobre princesa,
amo muito a Francisquinha,
tem em si muita beleza,
a minha querida sobrinha,
simples como a Natureza.
Fernanda
uma linda estrelinha,
caiu de alegria ao saltar,
chegando à nossa casinha
mais depressa que o luar,
da Lua à Terra vizinha.
Ao sentir o seu brilhar,
tão intenso na noitinha,
corremos para a agarrar,
mas ela, de pé sozinha,
estendeu o seu olhar,
para a Paula, sua mãezinha.
Resolvemos acordar,
que na casa da Paulinha,
ficaria a guardar,
a nossa querida estrelinha,
até um dia casar
e ter a sua casinha.
Ela é de todos nós,
todos lhe damos amor
mas decerto também vós,
sentis sua alma em flor
e na sua forte voz,
seu coração em fulgor.
Das estrelas é rainha,
das flores nobre princesa,
amo muito a Francisquinha,
tem em si muita beleza,
a minha querida sobrinha,
simples como a Natureza.
Fernanda
terça-feira, outubro 09, 2007
SON DA MELODIA
Do nada surgiu a minha alma,
do nada proveio o meu sentir,
do nada nasceu a paz, a calma,
o amor que em mim sei existir!
Quando a tua vida te parecer vazia
e te sentires só, com teus olhos tristes,
luta por ti mesmo, sempre, dia a dia
e descobrirás que afinal existes!...
Repara! Medita! Para quê sofrer
por um passado vão de saudades más?
Vive a tua vida, deixa-a correr
e um novo rumo, tu descobrirás!...
Entendi a melodia que cantavas,
nada melhor poderia ouvir assim,
percebi nos sons agudos que chamavas,
chorei com os graves não ser por mim!
Embalei meu corpo ao som da melodia,
sonhou minha alma ao sentir as palavras,
subiu no meu peito uma calma ousadia,
carpiram meus olhos, pelo amor que lavras.
Desci das nuvens altas, quando emudeceste,
regressando ao ninho, qual ave celeste
sentindo a frieza do chegar da noite,
amanhã decerto terá outra veste!...
Calcorreio caminhos, procurando
nas bermas encontrar o teu amor,
corro ao ver no céu esvoaçando,
as penas que me causam tanta dor!
Fernanda
do nada proveio o meu sentir,
do nada nasceu a paz, a calma,
o amor que em mim sei existir!
Quando a tua vida te parecer vazia
e te sentires só, com teus olhos tristes,
luta por ti mesmo, sempre, dia a dia
e descobrirás que afinal existes!...
Repara! Medita! Para quê sofrer
por um passado vão de saudades más?
Vive a tua vida, deixa-a correr
e um novo rumo, tu descobrirás!...
Entendi a melodia que cantavas,
nada melhor poderia ouvir assim,
percebi nos sons agudos que chamavas,
chorei com os graves não ser por mim!
Embalei meu corpo ao som da melodia,
sonhou minha alma ao sentir as palavras,
subiu no meu peito uma calma ousadia,
carpiram meus olhos, pelo amor que lavras.
Desci das nuvens altas, quando emudeceste,
regressando ao ninho, qual ave celeste
sentindo a frieza do chegar da noite,
amanhã decerto terá outra veste!...
Calcorreio caminhos, procurando
nas bermas encontrar o teu amor,
corro ao ver no céu esvoaçando,
as penas que me causam tanta dor!
Fernanda
quinta-feira, outubro 04, 2007
SOBE VOANDO
Sei que choro por amor,
sei não o poder viver,
sinto esfriar o calor,
sinto meu ser a morrer.
A felecidade que trago
dentro do meu coração,
converte o frio em afago
e a dor numa canção.
Não sei como repartir,
nem como ao mundo mostrar,
a paz que tenho a dormir,
por te abraçar a sonhar.
Tudo que o meu ser sonha,
sobe voando no céu,
não temo a nuvem medonha,
parece-me um fino véu.
Será que a luz do luar,
me trará um dia a vida,
que eu deixei de lograr,
qundo me senti perdida ?
Fernanda
sei não o poder viver,
sinto esfriar o calor,
sinto meu ser a morrer.
A felecidade que trago
dentro do meu coração,
converte o frio em afago
e a dor numa canção.
Não sei como repartir,
nem como ao mundo mostrar,
a paz que tenho a dormir,
por te abraçar a sonhar.
Tudo que o meu ser sonha,
sobe voando no céu,
não temo a nuvem medonha,
parece-me um fino véu.
Será que a luz do luar,
me trará um dia a vida,
que eu deixei de lograr,
qundo me senti perdida ?
Fernanda
sexta-feira, setembro 28, 2007
AMOR AMADURECIDO
No macio algodão da tarde,
Olhando o lago escurecido
Pela partida do sol,
Sinto o amor amadurecido
Num campo de girassol,
Que levou a quente e cega paixão
E deixou o delírio amornecido
Pela sabedoria do coração.
Vem a noite amena, clara, de Lua cheia,
Onde encontramos luz plena,
Deixando que o outro leia
O pensamento que se palpita
Pela intuição e proximidade
Que entre nós se agita
E nos unirá para a eternidade.
No sedoso frescor da noite
É-nos mostrado o caminho,
Que prosseguimos de mãos dadas,
Passando pelo edificar de um ninho
De amor, como os contos de fadas,
Enfeitado com soluções de carinho,
De compreensão, tolerância e espera,
Sempre virente e mimoso. Pudera eu, pudera!
Fernanda
Olhando o lago escurecido
Pela partida do sol,
Sinto o amor amadurecido
Num campo de girassol,
Que levou a quente e cega paixão
E deixou o delírio amornecido
Pela sabedoria do coração.
Vem a noite amena, clara, de Lua cheia,
Onde encontramos luz plena,
Deixando que o outro leia
O pensamento que se palpita
Pela intuição e proximidade
Que entre nós se agita
E nos unirá para a eternidade.
No sedoso frescor da noite
É-nos mostrado o caminho,
Que prosseguimos de mãos dadas,
Passando pelo edificar de um ninho
De amor, como os contos de fadas,
Enfeitado com soluções de carinho,
De compreensão, tolerância e espera,
Sempre virente e mimoso. Pudera eu, pudera!
Fernanda
GOTAS DE ÁGUA
Gotas de água escorrem pela face
enrugada pela agrura de uma Vida,
que pensara iria ter um desenlance
mais feliz, sem deixar mágoa nem ferida.
Quase não viveu, tentou sobreviver
afastando de si tão cruéis momentos.
Desde a mocidade ao envelhecer
não antevira tal, em seus pensamentos.
Gotas de água humedecem os seus lábios,
cerrados pelo pesar da sua alma.
Seus olhos brilhantes, genuínos sábios,
olham a outra Vida, plenos de calma.
Já vira em sonhos o Lado de lá,
sabia quanto de belo a esperava,
aguardou serena pelo seu maná
Livertou-se desta Vida tão escrava!
Um novo astro no Céu azul surgiu
mostrando, no Universo, outro Lugar,
ninguém olha o Céu, ninguém ainda O viu,
temem o momento de O ter de alcançar.
Esse momento está predestinado,
nada há que mude seu assomar,
podem não aceitar o Lugar citado,
mas todos têm um dia de abalar!
Fernanda
enrugada pela agrura de uma Vida,
que pensara iria ter um desenlance
mais feliz, sem deixar mágoa nem ferida.
Quase não viveu, tentou sobreviver
afastando de si tão cruéis momentos.
Desde a mocidade ao envelhecer
não antevira tal, em seus pensamentos.
Gotas de água humedecem os seus lábios,
cerrados pelo pesar da sua alma.
Seus olhos brilhantes, genuínos sábios,
olham a outra Vida, plenos de calma.
Já vira em sonhos o Lado de lá,
sabia quanto de belo a esperava,
aguardou serena pelo seu maná
Livertou-se desta Vida tão escrava!
Um novo astro no Céu azul surgiu
mostrando, no Universo, outro Lugar,
ninguém olha o Céu, ninguém ainda O viu,
temem o momento de O ter de alcançar.
Esse momento está predestinado,
nada há que mude seu assomar,
podem não aceitar o Lugar citado,
mas todos têm um dia de abalar!
Fernanda
domingo, setembro 23, 2007
SAUDADES DE TI
Folhas que murcham, caindo,
crianças que choram rindo,
e eu a pensar em ti.
Gente que passa, cantando,
quanta o faz mas chorando,
e eu a pensar em ti.
Águas que jorram das fontes,
ervas que crescem nos montes,
e eu a pensar em ti.
Rios que correm contentes,
tristezas que tu não sentes,
e eu a pensar em ti.
Aves que passam, voando,
seu chilreado entoando,
e eu a pensar em ti.
Gente que nasce e que morre,
é a morte que passa, que corre,
e eu a pensar em ti.
Por fim olho a Natureza,
como fico! Tu não sabes
sinto uma grande tristeza,
e tenho tantas saudades
saudades mas só de ti!
Fernanda
crianças que choram rindo,
e eu a pensar em ti.
Gente que passa, cantando,
quanta o faz mas chorando,
e eu a pensar em ti.
Águas que jorram das fontes,
ervas que crescem nos montes,
e eu a pensar em ti.
Rios que correm contentes,
tristezas que tu não sentes,
e eu a pensar em ti.
Aves que passam, voando,
seu chilreado entoando,
e eu a pensar em ti.
Gente que nasce e que morre,
é a morte que passa, que corre,
e eu a pensar em ti.
Por fim olho a Natureza,
como fico! Tu não sabes
sinto uma grande tristeza,
e tenho tantas saudades
saudades mas só de ti!
Fernanda
domingo, setembro 16, 2007
ETERNA SAUDADE
Poisou sobre mim sossego imenso,
ao Sol quente, todo o meu sonho, cedi!
Talvez por necessidade talvez por senso,
perante a Natureza adormeci!
Docemente compreendi o teu olhar
e como uma barca entrei no Mar!
Os remos eram a eterna saudade,
o leme o meu desmedido amor.
A barca vogava sobre lágrimas
pintadas de onde em onde por poesia.
A luz do Sol nas lágrimas luzia
forçava-me a cerrar as frágeis pálpebras.
A sombra do vasto arvoredo
fazia-me temer a indesejada solidão.
O vento foi sublime, não metia medo,
queria afagar-me com boa intenção.
Mas tudo o que eu procurava em segredo,
não era mais que um som do coração
mal se ouvia, mas a razão já me dizia:
Amanhã acordarás num outro dia
espero, tenhas ponderado essa paixão!
Fernanda
ao Sol quente, todo o meu sonho, cedi!
Talvez por necessidade talvez por senso,
perante a Natureza adormeci!
Docemente compreendi o teu olhar
e como uma barca entrei no Mar!
Os remos eram a eterna saudade,
o leme o meu desmedido amor.
A barca vogava sobre lágrimas
pintadas de onde em onde por poesia.
A luz do Sol nas lágrimas luzia
forçava-me a cerrar as frágeis pálpebras.
A sombra do vasto arvoredo
fazia-me temer a indesejada solidão.
O vento foi sublime, não metia medo,
queria afagar-me com boa intenção.
Mas tudo o que eu procurava em segredo,
não era mais que um som do coração
mal se ouvia, mas a razão já me dizia:
Amanhã acordarás num outro dia
espero, tenhas ponderado essa paixão!
Fernanda
sexta-feira, agosto 31, 2007
TECLA DE PIANO
Senti, não sei bem como senti
o mais sentido sofrer do ser humano,
ouvi, não sei bem como ouvi
o gemido de uma tecla de piano.
Soltei meu olhar, libertei minha audição
caminhei levada por tão belo tom.
Na esquina da rua, um prédio envelhecido,
mantinha aberta uma pequena janela,
subo a escadaria seguindo o tal ruído,
ao parapeito me agarro e espreito por ela.
Ao entender quem era a dona do som,
entrou pela janela o meu coração.
A música dobra a dor, no teclado
o som, que transmite, faz seu ser sofrer
quem magoa tal jovem, tem de ser malvado,
não ouve, não vê, não pode viver!
Na gasta poltrona, de veludo vermelho,
onde em tempos se sentou o seu amante,
jaz um papel, com texto escrito e velho,
onde se lê a despedida, perturbante.
São penosas as horas de delonga,
por algo que pensou nunca perder,
não será a luz, nem mesmo a sombra,
que a fará da vida esmorecer!
Toca o seu piano, seu fiel amigo,
nestes longos anos sempre ao seu dispor,
tecla a tecla lhe traz amor e abrigo,
ao permitir, com suas notas, ela compor.
Sem perturbar a alma da esperança,
que embevecida espera, ainda, em vão,
salto da janela, tal qual uma criança,
e escondo, bem fundo, o meu coração.
A viela estreita parece uma avenida,
que percorro correndo, procurando a vida.
Não volto a sentir a jovem sonhar
não volto a ouvir o piano tocar
não sei porque corro, não posso parar,
decerto será para te encontrar!
Fernanda
o mais sentido sofrer do ser humano,
ouvi, não sei bem como ouvi
o gemido de uma tecla de piano.
Soltei meu olhar, libertei minha audição
caminhei levada por tão belo tom.
Na esquina da rua, um prédio envelhecido,
mantinha aberta uma pequena janela,
subo a escadaria seguindo o tal ruído,
ao parapeito me agarro e espreito por ela.
Ao entender quem era a dona do som,
entrou pela janela o meu coração.
A música dobra a dor, no teclado
o som, que transmite, faz seu ser sofrer
quem magoa tal jovem, tem de ser malvado,
não ouve, não vê, não pode viver!
Na gasta poltrona, de veludo vermelho,
onde em tempos se sentou o seu amante,
jaz um papel, com texto escrito e velho,
onde se lê a despedida, perturbante.
São penosas as horas de delonga,
por algo que pensou nunca perder,
não será a luz, nem mesmo a sombra,
que a fará da vida esmorecer!
Toca o seu piano, seu fiel amigo,
nestes longos anos sempre ao seu dispor,
tecla a tecla lhe traz amor e abrigo,
ao permitir, com suas notas, ela compor.
Sem perturbar a alma da esperança,
que embevecida espera, ainda, em vão,
salto da janela, tal qual uma criança,
e escondo, bem fundo, o meu coração.
A viela estreita parece uma avenida,
que percorro correndo, procurando a vida.
Não volto a sentir a jovem sonhar
não volto a ouvir o piano tocar
não sei porque corro, não posso parar,
decerto será para te encontrar!
Fernanda
segunda-feira, agosto 27, 2007
SEM PENA
Não, não regresses
andorinha
o poeta adivinhou,
já se foi a pena minha
e a doce Primavera
à minha vida voltou...
Três andorinhas de barro
e um poema me bastou!...
Corações, ah, ah, corações!
O teu é daqueles que parte,
matéria sólida,
feito pelas mãos da arte.
O meu é aquele que Deus me deu,
músculo ensanguentado
que chora amargurado
e ri de espanto apaixonado.
A tua arte é precisa, consisa
pensada, estudada...
A minha: (se arte fosse)
seria a natureza bruta
a nascer sem nada dizer;
Fonte de nascente imaculada;
Menina de bem crer...
Que pela mão me traz
a nova alvorada!
Fernanda
andorinha
o poeta adivinhou,
já se foi a pena minha
e a doce Primavera
à minha vida voltou...
Três andorinhas de barro
e um poema me bastou!...
Corações, ah, ah, corações!
O teu é daqueles que parte,
matéria sólida,
feito pelas mãos da arte.
O meu é aquele que Deus me deu,
músculo ensanguentado
que chora amargurado
e ri de espanto apaixonado.
A tua arte é precisa, consisa
pensada, estudada...
A minha: (se arte fosse)
seria a natureza bruta
a nascer sem nada dizer;
Fonte de nascente imaculada;
Menina de bem crer...
Que pela mão me traz
a nova alvorada!
Fernanda
sexta-feira, agosto 24, 2007
A POESIA
A poesia está no dedo
que nos aponta a miséria,
daquela criança com medo
e daquela gente "séria".
A poesia está no dedo
que da caneta faz lança,
acusando sem enredo
quem se agarra à liderança.
A poesia está na palavra
quando se fala de amor,
não esquecendo quem lavra
a terra com o seu suor.
A poesia é laranjeira
que dá flor e que dá fruto.
A poesia é trepadeira
que dá sombra no seu luto.
A poesia é como um grito,
uma morte de ternura.
É como alguém aflito
no amor e na loucura.
A poesia é aventura ao vento,
busca ruas da noite,
almas vivendo tormento
da esmola e do açoite.
A poesia é o que se sente
da miséria à nossa volta
e quem diz é quem não mente
sem falar só por revolta.
Fernanda
que nos aponta a miséria,
daquela criança com medo
e daquela gente "séria".
A poesia está no dedo
que da caneta faz lança,
acusando sem enredo
quem se agarra à liderança.
A poesia está na palavra
quando se fala de amor,
não esquecendo quem lavra
a terra com o seu suor.
A poesia é laranjeira
que dá flor e que dá fruto.
A poesia é trepadeira
que dá sombra no seu luto.
A poesia é como um grito,
uma morte de ternura.
É como alguém aflito
no amor e na loucura.
A poesia é aventura ao vento,
busca ruas da noite,
almas vivendo tormento
da esmola e do açoite.
A poesia é o que se sente
da miséria à nossa volta
e quem diz é quem não mente
sem falar só por revolta.
Fernanda
quinta-feira, agosto 23, 2007
VIDA
Gotas de água escorrem pela face
enrugada pela agrura de uma Vida,
que pensara iria ter um desenlace
mais feliz, sem deixar mágoa nem ferida.
Quase não viveu, tentou sobreviver
afastando de si tão cruéis momentos.
Desde a mocidade ao envelhecer
não antevira tal, em seus pensamentos.
Gotas de água humedecem os seus lábios,
cerrados pelo pesar da sua alma.
Seus olhos brilhantes, genuínos sábios,
olham a outra Vida, plenos de calma.
Já vira em sonhos o Lado de lá,
sabia quanto de belo a esperava,
aguardou serena pelo seu maná
libertou-se desta Vida tão escrava!
Um novo astro no Céu azul surgiu
mostrndo, no Universo, outro Lugar,
ninguém olha o Céu, ningúem ainda O viu,
temem o momento de O ter de alcançar.
Esse momento está predestinado,
nada há que mude seu assomar,
podem não aceitar o Lugar citado,
mas todos têm um dia de abalar!
Fernanda
enrugada pela agrura de uma Vida,
que pensara iria ter um desenlace
mais feliz, sem deixar mágoa nem ferida.
Quase não viveu, tentou sobreviver
afastando de si tão cruéis momentos.
Desde a mocidade ao envelhecer
não antevira tal, em seus pensamentos.
Gotas de água humedecem os seus lábios,
cerrados pelo pesar da sua alma.
Seus olhos brilhantes, genuínos sábios,
olham a outra Vida, plenos de calma.
Já vira em sonhos o Lado de lá,
sabia quanto de belo a esperava,
aguardou serena pelo seu maná
libertou-se desta Vida tão escrava!
Um novo astro no Céu azul surgiu
mostrndo, no Universo, outro Lugar,
ninguém olha o Céu, ningúem ainda O viu,
temem o momento de O ter de alcançar.
Esse momento está predestinado,
nada há que mude seu assomar,
podem não aceitar o Lugar citado,
mas todos têm um dia de abalar!
Fernanda
segunda-feira, agosto 20, 2007
PARA A AVÓ QUE NÃO CONHECI
Senhora que não conheço
de tão estranha visão,
será que ainda mereço
de seu olhar um perdão?
Há muito deixei no berço
aquela minha ilusão,
senhora que não conheço
é tão estranha esta visão!
Senhora quanto vos quero
apenas com um retrato,
senhora que ainda espero
consigo ter um conctato.
Já se foi o vosso filho
que perto de si deve estar,
senhora quanto carinho
sem a poder contactar.
Estou crente porém
que este nome há-de ficar,
senhora lá do além
venha-me cá visitar!
Se for muito o que lhe peço
então tudo é poesia,
pois senhora eu tropeço
vivo só de fantasia.
Senhora que vosso nome
era, e é, Anunciação,
rogo-lhe que em seus braços tome
da sua neta o coração.
Fernanda
de tão estranha visão,
será que ainda mereço
de seu olhar um perdão?
Há muito deixei no berço
aquela minha ilusão,
senhora que não conheço
é tão estranha esta visão!
Senhora quanto vos quero
apenas com um retrato,
senhora que ainda espero
consigo ter um conctato.
Já se foi o vosso filho
que perto de si deve estar,
senhora quanto carinho
sem a poder contactar.
Estou crente porém
que este nome há-de ficar,
senhora lá do além
venha-me cá visitar!
Se for muito o que lhe peço
então tudo é poesia,
pois senhora eu tropeço
vivo só de fantasia.
Senhora que vosso nome
era, e é, Anunciação,
rogo-lhe que em seus braços tome
da sua neta o coração.
Fernanda
sábado, agosto 18, 2007
OUTRO AMOR
Escreveram meus dedos sobre finas pétalas
segredos que quardei em prosa divinal.
Perfuram-me saudades como ágeis setas
extinguindo sem dó o meu sopro vital.
Afagaram minhas mãos, sombras do passado
como o vibrar do vento sobre a jovem folha
Renasceu em mim, ímpio e amargurado,
o silêncio oriundo de uma cruel escolha.
Abriram-se meus braços por eu desejar
de olhos bem fechados os teus receber.
Minha impaciente razão teima aclarar
a memória cruenta que me faz sofrer.
Meu ser eternizou um sonho breve e belo,
embora reconheça quanto o destruiu.
Decidiu enviar um derradeiro apelo,
para que não regresse aquele que o feriu.
Palmilha o caminho que planeou com dor
sabendo terminar um pouco mais além,
já nada nesta terra remove o furor
em descobrir outro amor, no olhar d'algúem.
Fernanda
segredos que quardei em prosa divinal.
Perfuram-me saudades como ágeis setas
extinguindo sem dó o meu sopro vital.
Afagaram minhas mãos, sombras do passado
como o vibrar do vento sobre a jovem folha
Renasceu em mim, ímpio e amargurado,
o silêncio oriundo de uma cruel escolha.
Abriram-se meus braços por eu desejar
de olhos bem fechados os teus receber.
Minha impaciente razão teima aclarar
a memória cruenta que me faz sofrer.
Meu ser eternizou um sonho breve e belo,
embora reconheça quanto o destruiu.
Decidiu enviar um derradeiro apelo,
para que não regresse aquele que o feriu.
Palmilha o caminho que planeou com dor
sabendo terminar um pouco mais além,
já nada nesta terra remove o furor
em descobrir outro amor, no olhar d'algúem.
Fernanda
quinta-feira, agosto 16, 2007
NOMES DA MINHA DOR
Tenho nomes na memória
os quais não posso apagar
cada um com sua história
história que não posso contar.
Mas por estranha ironia
e mesmo contradição
vivem com harmonia
dentro do meu coração.
Tenho nomes meu amor
que me causam sofrimento
e apesar de tanta dor
não me sai nem um lamento.
Se fosse poeta eu sei
que mesmo sem fantasia
os nomes que não direi
transformava em poesia.
E se esse poema fosse
o mais verdadeiro poema
não teria a minha posse
não diria a minha pena.
Tenho nomes na memória
no meu sangue e até na alma
cada um com sua história
que me pertubam a calma.
E se Deus me apontar
com um dedo acusador
nem a Deus hei-de contar
os nomes da minha dor.
Fernanda
os quais não posso apagar
cada um com sua história
história que não posso contar.
Mas por estranha ironia
e mesmo contradição
vivem com harmonia
dentro do meu coração.
Tenho nomes meu amor
que me causam sofrimento
e apesar de tanta dor
não me sai nem um lamento.
Se fosse poeta eu sei
que mesmo sem fantasia
os nomes que não direi
transformava em poesia.
E se esse poema fosse
o mais verdadeiro poema
não teria a minha posse
não diria a minha pena.
Tenho nomes na memória
no meu sangue e até na alma
cada um com sua história
que me pertubam a calma.
E se Deus me apontar
com um dedo acusador
nem a Deus hei-de contar
os nomes da minha dor.
Fernanda
sábado, agosto 11, 2007
O MEU FADO
Longe de ti revive o meu desejo
e agarro louca o meu vazio
entre paredes de bruma é que te vejo
na solidão à beira deste rio.
Vestida toda de noite
a cantar na madrugada
perdida no teu olhar
quase rosa desfolhada.
Passo o dia com a fé
outro com ilusão
ando de pé ante pé
para ouvir o coração.
E assim rasgo este tempo
dando pancadas no ser
passo assim toda no tempo
sem me disso me aperceber.
Tenho a vida amortalhada
nesta comédia da vida
puxo breve gargalhada
já pela vida vencida.
Que canção hei-de cantar
que versos hei-de dizer
perdida no teu olhar
mil promessas por fazer.
E mesmo que te sinta em mim
neste jardim de mal-me-quer
tua presença é sol sem fim
eu sinto assim pois sou mulher.
Fernanda
e agarro louca o meu vazio
entre paredes de bruma é que te vejo
na solidão à beira deste rio.
Vestida toda de noite
a cantar na madrugada
perdida no teu olhar
quase rosa desfolhada.
Passo o dia com a fé
outro com ilusão
ando de pé ante pé
para ouvir o coração.
E assim rasgo este tempo
dando pancadas no ser
passo assim toda no tempo
sem me disso me aperceber.
Tenho a vida amortalhada
nesta comédia da vida
puxo breve gargalhada
já pela vida vencida.
Que canção hei-de cantar
que versos hei-de dizer
perdida no teu olhar
mil promessas por fazer.
E mesmo que te sinta em mim
neste jardim de mal-me-quer
tua presença é sol sem fim
eu sinto assim pois sou mulher.
Fernanda
quinta-feira, agosto 09, 2007
PAVÃO VAIDOSO
Era um belo rapaz,
de caracóis loiros,
de tez aveludada,
na esperada
promessa de juventude.
Era um pardalito
livre, mas indefeso.
O tempo foi passando,
e assumiu a magnificência
de um altivo pavão:
deslumbrante,
estilo aparatoso,
real, vaidoso,
esbelto, marcante,
de formas invejáveis...
E ele sabia-o!
não media meios
para continuar
a fazer realçar
todo o seu belo ser,
na rede de toda a mulher.
O inimigo começou a perscrutar.
Roído de inveja voraz
ensombrou-lhe o fulgurar.
Deitou-lhe uma moxinifada.
Esfandegou-o, inflexível.
Reduziu-o a um nada.
Este,
sopeado, nem reagiu.
O outro fugiu.
Em frente ao espelho do lago,
rendeu-se ao desencanto.
Não se tinha preparado.
A vaidade sabia-lhe a pranto!
Foto e poema de: Fernanda
de caracóis loiros,
de tez aveludada,
na esperada
promessa de juventude.
Era um pardalito
livre, mas indefeso.
O tempo foi passando,
e assumiu a magnificência
de um altivo pavão:
deslumbrante,
estilo aparatoso,
real, vaidoso,
esbelto, marcante,
de formas invejáveis...
E ele sabia-o!
não media meios
para continuar
a fazer realçar
todo o seu belo ser,
na rede de toda a mulher.
O inimigo começou a perscrutar.
Roído de inveja voraz
ensombrou-lhe o fulgurar.
Deitou-lhe uma moxinifada.
Esfandegou-o, inflexível.
Reduziu-o a um nada.
Este,
sopeado, nem reagiu.
O outro fugiu.
Em frente ao espelho do lago,
rendeu-se ao desencanto.
Não se tinha preparado.
A vaidade sabia-lhe a pranto!
Foto e poema de: Fernanda
NOSTALGIA DE TI
Mas que saudades eu sinto de ti,
minha doce companhia de infâcia.
Contigo, que dias lindos eu vivi,
dos quais ainda sinto a fragância!
Esta nostalgia que me aperta por dentro,
faz-me desejar a tua presença aqui;
Mas, só a recordação me resta, de momento,
enquanto não me poder abraçar a ti ...!
Foi...
uma folha muito bela,
aquela, onde encontrámos
um amor fraterno
muito puro e bonito,
que vivemos,
com toda a intensidade,
em cada linha dessa folha...
mas, outras vieram...
e essa?!
Ficou suspensa no tempo
e para toda a eternidade.
Apesar de,
tantas vezes...
em pensamento,
em sonho,
e, com o coração a pulsar,
a abrir,
com toda a doçura
que ela merece...!
Foto e poema de; Fernanda
minha doce companhia de infâcia.
Contigo, que dias lindos eu vivi,
dos quais ainda sinto a fragância!
Esta nostalgia que me aperta por dentro,
faz-me desejar a tua presença aqui;
Mas, só a recordação me resta, de momento,
enquanto não me poder abraçar a ti ...!
Foi...
uma folha muito bela,
aquela, onde encontrámos
um amor fraterno
muito puro e bonito,
que vivemos,
com toda a intensidade,
em cada linha dessa folha...
mas, outras vieram...
e essa?!
Ficou suspensa no tempo
e para toda a eternidade.
Apesar de,
tantas vezes...
em pensamento,
em sonho,
e, com o coração a pulsar,
a abrir,
com toda a doçura
que ela merece...!
Foto e poema de; Fernanda
quarta-feira, agosto 08, 2007
FALSO AMOR
Pétala a pétala se desfaz a flor,
que dia após dia reguei com desvelo,
foram o silêncio, a solidão, a dor,
que a desfiaram como a um novelo!
É tarde, somente seu caule me resta,
firme como a cruz austera que acarreta,
olho o são onde repousa a bela cesta,
de pétalas enfraquecidas repleta
Levanto do chão a cesta colorida,
que em si transporta as mágoas de alguém,
esvazio a cesta da agonia contida,
desfecho com amor tão duro desdém
Surge uma donzela, surge um novo amor,
que as pétalas acolhe em seu regaço,
beija uma a uma com o seu calor,
regando-as com lágrimas num abraço
Junta-as ao caule, com grande harmonia,
surgindo em suas mãos uma outra flor
silvestre, mas radiante de alegria
ao ver-se liberta de um falso amor!...
Fernanda
que dia após dia reguei com desvelo,
foram o silêncio, a solidão, a dor,
que a desfiaram como a um novelo!
É tarde, somente seu caule me resta,
firme como a cruz austera que acarreta,
olho o são onde repousa a bela cesta,
de pétalas enfraquecidas repleta
Levanto do chão a cesta colorida,
que em si transporta as mágoas de alguém,
esvazio a cesta da agonia contida,
desfecho com amor tão duro desdém
Surge uma donzela, surge um novo amor,
que as pétalas acolhe em seu regaço,
beija uma a uma com o seu calor,
regando-as com lágrimas num abraço
Junta-as ao caule, com grande harmonia,
surgindo em suas mãos uma outra flor
silvestre, mas radiante de alegria
ao ver-se liberta de um falso amor!...
Fernanda
terça-feira, agosto 07, 2007
ENCONTREI-ME COMIGO
Escalei uma montanha.
Subi ao ponto mais alto.
Respirei.
Esperava-me alguém.
Saudámo-nos.
Senti-lhe a voz da alma,
naquela melodia calma,
que respirava liberdade arejada,
sob a lua dourada.
Pareceu-me familiar.
Vi-me nela.
Não, não poia ser.
Eu... eu não era assim.
Talvez... talvez a outra parte de mim?!
A outra parte de mim,
de mim lutadora,
que tinha chegado vencedora
ao cume da montanha.
Sim, eu!
Encontrei-me comigo
no cimo da montanha,
que me ofereceu abrigo
e me enalteceu pela façanha.
Lá construí uma fortaleza,
fortaleza de mim...
longe da mescla do sentimento,
longe da tempestade de areia no deserto!
Fernanda
Subi ao ponto mais alto.
Respirei.
Esperava-me alguém.
Saudámo-nos.
Senti-lhe a voz da alma,
naquela melodia calma,
que respirava liberdade arejada,
sob a lua dourada.
Pareceu-me familiar.
Vi-me nela.
Não, não poia ser.
Eu... eu não era assim.
Talvez... talvez a outra parte de mim?!
A outra parte de mim,
de mim lutadora,
que tinha chegado vencedora
ao cume da montanha.
Sim, eu!
Encontrei-me comigo
no cimo da montanha,
que me ofereceu abrigo
e me enalteceu pela façanha.
Lá construí uma fortaleza,
fortaleza de mim...
longe da mescla do sentimento,
longe da tempestade de areia no deserto!
Fernanda
domingo, agosto 05, 2007
ALEGRIA
Manda um recado de amor
pela branca pomba da paz
alivia a minha dor,
faz-me saber onde estás.
Manda na asa da gaivota
ou no bico da andorinha
qualquer delas sabe a rota
onde mora a pena minha.
manda o retrato e uma flor
para alegrar o meu olhar;
encher os olhos de amor
quando eu olhar o mar.
E se por desventura és só sonho,
vem! Entra na minha mente...
Que lindo sonhar um sonho
e sonha-lo eternamente.
Fernanda
pela branca pomba da paz
alivia a minha dor,
faz-me saber onde estás.
Manda na asa da gaivota
ou no bico da andorinha
qualquer delas sabe a rota
onde mora a pena minha.
manda o retrato e uma flor
para alegrar o meu olhar;
encher os olhos de amor
quando eu olhar o mar.
E se por desventura és só sonho,
vem! Entra na minha mente...
Que lindo sonhar um sonho
e sonha-lo eternamente.
Fernanda
sexta-feira, agosto 03, 2007
A TI, AMOR
Amor, amigo e conselheiro,
sorriso de esperança renascida,
vem, sê o meu fiel companheiro,
algodão doce da minha vida!
És a minha outra parte, amor;
somos a complementaridade,
desta Primavera em flor,
no mundo da afectividade!
A razão não sabe explicar
a vontade de te querer,
com a imensidão de mar...
só o coração o sabe dizer!
Amor como o nosso
nunca poderá findar;
e, se estiver no fosso,
lutemos para o levantar!
um amor lindo assim...
tem de permanecer na Juventude,
não pode envelhecer, nem ter fim,
mas alcançar toda a plenitude!
Fernanda
sorriso de esperança renascida,
vem, sê o meu fiel companheiro,
algodão doce da minha vida!
És a minha outra parte, amor;
somos a complementaridade,
desta Primavera em flor,
no mundo da afectividade!
A razão não sabe explicar
a vontade de te querer,
com a imensidão de mar...
só o coração o sabe dizer!
Amor como o nosso
nunca poderá findar;
e, se estiver no fosso,
lutemos para o levantar!
um amor lindo assim...
tem de permanecer na Juventude,
não pode envelhecer, nem ter fim,
mas alcançar toda a plenitude!
Fernanda
quinta-feira, agosto 02, 2007
AMIZADE
Uma amizade pura e verdadeira
nem com a ausência é destruída;
vive no coração pela vida inteira
e dá felecidade, quando vivida.
Na amizade toma-se consciência
que há uma nítida dualidade:
amor e dor em permanência,
aquecida no sol da sinceridade.
Na amizade a voz do coração
fala sem limitações e é acolhida,
como se falasse de irmão para irmão,
partilhando uma dor deveras sentida.
Quando sofres, sofre contigo...
no silêncio ouve-te pacientemente,
aquele que é verdadeiro amigo.
Nesse podes confiar sempre...!
É preciso dar e receber
no mundo da amizade;
oferecer mais do que receber:
Esse é o segredo da grandiosidade!
Crescimento constante
nessa amizade enobrecida,
na caminhada incessante
da descoberta da vida!
Fernanda
nem com a ausência é destruída;
vive no coração pela vida inteira
e dá felecidade, quando vivida.
Na amizade toma-se consciência
que há uma nítida dualidade:
amor e dor em permanência,
aquecida no sol da sinceridade.
Na amizade a voz do coração
fala sem limitações e é acolhida,
como se falasse de irmão para irmão,
partilhando uma dor deveras sentida.
Quando sofres, sofre contigo...
no silêncio ouve-te pacientemente,
aquele que é verdadeiro amigo.
Nesse podes confiar sempre...!
É preciso dar e receber
no mundo da amizade;
oferecer mais do que receber:
Esse é o segredo da grandiosidade!
Crescimento constante
nessa amizade enobrecida,
na caminhada incessante
da descoberta da vida!
Fernanda
quarta-feira, agosto 01, 2007
QUERO SER
Quero ser o que sou!
quero libertar-me das entranhas!
quero fugir de onde estou!
quero realizar façanhas!
Desejava ser a ave altiva,
que voa lá bem no alto,
que jamais será cativa...
é da montanha, não do planalto!
Queria navegar no alto mar,
entre as fortes ondas de calor;
seguir rumo, sem nunca remar,
levada pela brisa do amor!
Mas, com muita alegria,
sou passarinho no vale,
sonhando voar alto, um dia,
sem a ninguém fazer mal!
Fernanda
quero libertar-me das entranhas!
quero fugir de onde estou!
quero realizar façanhas!
Desejava ser a ave altiva,
que voa lá bem no alto,
que jamais será cativa...
é da montanha, não do planalto!
Queria navegar no alto mar,
entre as fortes ondas de calor;
seguir rumo, sem nunca remar,
levada pela brisa do amor!
Mas, com muita alegria,
sou passarinho no vale,
sonhando voar alto, um dia,
sem a ninguém fazer mal!
Fernanda
LEVE, LEVEMENTE
A brisa sopra leve, levemente,
a folhagem estremece de prazer
,
açanhando desejos de paixão ardente,
com sua carícia de suave envolver.
Como raposa, a lua assalta a janela,
roubando-me a ingenuidade do pensar,
transformando-me num barco à vela,
que percorre marés altas a dormitar.
No vestido de chita da noviça manhã
eu só quero é avançar, impelir-me
para esse sabor molhado de romã,
para o trecho eloquente a seduzir-me.
Fernanda
a folhagem estremece de prazer

açanhando desejos de paixão ardente,
com sua carícia de suave envolver.
Como raposa, a lua assalta a janela,
roubando-me a ingenuidade do pensar,
transformando-me num barco à vela,
que percorre marés altas a dormitar.
No vestido de chita da noviça manhã
eu só quero é avançar, impelir-me
para esse sabor molhado de romã,
para o trecho eloquente a seduzir-me.
Fernanda
terça-feira, julho 31, 2007
ACORDAM, DENTRO DE MIM
Amo a natureza, como amo o amor,
aquelas realidades de vida cristalina;
Ninguém as consegue domar com pudor,
ou serão indesvendável mistério e ravina.
Sonho, paixão, fantasia e beleza
acordam, dentro de mim...
entre os perfumes da natureza,
num voo de imaginação sem fim!
Nesta envolvente, vejo harmonia;
É a que me dá mais segurança,
e, à sua semelhança, eu queria,
que nossa vida fosse de bonança.
Fernanda
aquelas realidades de vida cristalina;
Ninguém as consegue domar com pudor,
ou serão indesvendável mistério e ravina.
Sonho, paixão, fantasia e beleza
acordam, dentro de mim...
entre os perfumes da natureza,
num voo de imaginação sem fim!
Nesta envolvente, vejo harmonia;
É a que me dá mais segurança,
e, à sua semelhança, eu queria,
que nossa vida fosse de bonança.
Fernanda

MELODIA NO AR
Ouvi uma melodia no ar...
Seria sonho ou invenção?
Quem estaria assim a chamar?
Como palpitava meu coração!
Bateram! Não ouvi.
Bateram! Não conheci.
Bateram! Não abri.
E, então, sofri, sofri...
Curiosidade eu senti...
E reconheci-Te então!
A minha porta abri...
Entraste no meu coração!
Acolhe-me, sou flor frágil!
Quero percorrer Teu caminho,
Com caminhar ténue e ágil,
Apoiada no Teu Carinho.
Baluarte forte e seguro,
Em Ti confiarei sempre,
Não porque És duro,
Mas Amigo Presente.
Fernanda
Seria sonho ou invenção?
Quem estaria assim a chamar?
Como palpitava meu coração!
Bateram! Não ouvi.
Bateram! Não conheci.
Bateram! Não abri.
E, então, sofri, sofri...
Curiosidade eu senti...
E reconheci-Te então!
A minha porta abri...
Entraste no meu coração!
Acolhe-me, sou flor frágil!
Quero percorrer Teu caminho,
Com caminhar ténue e ágil,
Apoiada no Teu Carinho.
Baluarte forte e seguro,
Em Ti confiarei sempre,
Não porque És duro,
Mas Amigo Presente.
Fernanda
domingo, julho 29, 2007
IMAGEM E PALAVRA
Pintura, imagem poética...
Poesia palavra pintada...
Uma, esboço de figura amada;
A outra, ténue palavra profética!
Pintura e poesia...
Imagem e palavra de sentimento
E de amor em utopia!
São o sonho que sonhei...
Quando, no Éden amei!
Fernanda
Poesia palavra pintada...
Uma, esboço de figura amada;
A outra, ténue palavra profética!
Pintura e poesia...
Imagem e palavra de sentimento
E de amor em utopia!
São o sonho que sonhei...
Quando, no Éden amei!
Fernanda
quinta-feira, julho 26, 2007
Cabo Espichel
Farol do Cabo Espichel
terça-feira, julho 24, 2007
C.Caparica
Obras nas
praias da C.Caparica........................O manto prateado da noite envolve como uma bruma do palco do destino, e enquanto a melodia do vento enche a caixa acústica do meu coração, cerro os olhos, concentro-me e, em transe, danço e rodopio solitária...
Bailo por entre as letras que fervilham, num caleidoscópio colorido, rasgando-as do livro da vida, e desviando-as do seu destino, tanformando-as em versos de magia,
enquanto a música me enlaça...
Sigo o compasso da vida sem perder nenhum passo da dança, até que, como por encanto, com os pés no palco e os pensamentos ainda nas nuvens, deixo as minhas palavras, que ainda dançam sob os raios da lua, e termino, em passos lentos, o meu bailado e o sonho que sonhei...
Fernanda

Bailo por entre as letras que fervilham, num caleidoscópio colorido, rasgando-as do livro da vida, e desviando-as do seu destino, tanformando-as em versos de magia,
enquanto a música me enlaça...
Sigo o compasso da vida sem perder nenhum passo da dança, até que, como por encanto, com os pés no palco e os pensamentos ainda nas nuvens, deixo as minhas palavras, que ainda dançam sob os raios da lua, e termino, em passos lentos, o meu bailado e o sonho que sonhei...
Fernanda
segunda-feira, julho 23, 2007
FÀCIL-DIFÌCIL
Fácil é ocupar um lugar na agenda telefónica.
Difícil é ocupar o coração de alguém.
Fácil é julgar os erros dos outros.
Difícil é reconhecer os nossos próprios erros.
Fácil é ferir quem nos ama.
Difícil é curar essa ferida.
Fácil é perdoar a outros.
Dífícil é pedir perdão.
Fácil é exibir a vitória.
Difícil é assumir a derrota com dignidade.
Fácil é sonhar todas as noites.
Difícil é lutar por um sonho.
Fácil é receber.
Difícil é dar.
Fernanda
Difícil é ocupar o coração de alguém.
Fácil é julgar os erros dos outros.
Difícil é reconhecer os nossos próprios erros.
Fácil é ferir quem nos ama.
Difícil é curar essa ferida.
Fácil é perdoar a outros.
Dífícil é pedir perdão.
Fácil é exibir a vitória.
Difícil é assumir a derrota com dignidade.
Fácil é sonhar todas as noites.
Difícil é lutar por um sonho.
Fácil é receber.
Difícil é dar.
Fernanda
Àqueles que
àqueles que
viajam na escuridão da palavra;
àqueles que,
inocentemente, estão na cegueira espiritual;
àqueles que
percorrem caminhos de privação material;
àqueles que
padecem da mediocridade, sem culpa;
àqueles que,
inconsolados, conseguem ter esperança;
àqueles que,
por impossibilidade, vivem no erro;
àqueles que
são vítimas da arrogância oportunista;
àqueles que
adormecem no desejo de alfabetizar-se...
Para eles,
a pomba da paz!
Fernanda
viajam na escuridão da palavra;
àqueles que,
inocentemente, estão na cegueira espiritual;
àqueles que
percorrem caminhos de privação material;
àqueles que
padecem da mediocridade, sem culpa;
àqueles que,
inconsolados, conseguem ter esperança;
àqueles que,
por impossibilidade, vivem no erro;
àqueles que
são vítimas da arrogância oportunista;
àqueles que
adormecem no desejo de alfabetizar-se...
Para eles,
a pomba da paz!
Fernanda
quinta-feira, julho 19, 2007
PRAIAS DA COSTA CAPARICA

Os teus cabelos nos meus desenharam
uma trança momentos divinamente belos,
uma promessa de esperança.
Livre poesia, nossos corpos
numa suprema harmonia fantasia
que nos topos,
nos dá a mais linda sinfonia.
Luz do Céu, brilho do mar
os teus cabelos nos meus,
um mundo no teu olhar,
uma promessa de Deus.
Fernanda
PRAIA DA COSTA-CAPARICA- ALMADA
segunda-feira, julho 16, 2007
FLORES-POEMA

não tem palavras; É o poema do gesto,
aquele onde te abraço.
E no laço
do desejo salivo tua boca num beijo.
Á o poema da vida!
Aquele que não tem
palavras; Em que os silêncios contêm
todas as palavras escritas,
que não precisam
ser ditas. E depois temos a vida
que só por si
é poema.
que a vida é para ser vivida
inde-penden-te do tema!
Fernanda
AMOR
sexta-feira, julho 13, 2007
Miradouro da Espalamaca
Foi no miradouro da Espalamaca, promontório protector da baía,
Onde admirei a beleza dos moinhos de vento bem conservados,
Vestígios da importância que gozavam no quotidiano dos tempos em que me criei;
Dali contemplei apaixonadamente mar e céu confundidos numa simbiose de cor e paz, com o Pico em toda a sua majestade a completar a beleza paisagística dumas vistas
Mais fotografadas de todo o arquipélago dos Açores.
A Horta espraiava-se enternecida aos pés do majestoso monumento da Imaculada
Conceição, assente num supedâneo de basalto e ladeada por uma cruz de cimento,
Que se eleva a grande altura. Vista do alto da Espalamaca, destaca-se a Marina repleta
De iates vindos de toda a parte do mundo e a cidade, que se ajeita á volta da baía, elevando-se num anfiteatro colorido como que a exibir-se perante o Pico, seu eterno namorado.
E aquele mar… sempre aquele mar, a unir e a separar as duas ilhas, numa quimera interminável.
Do lado oposto da cidade, o Monte Queimado e o Monte da Guia, completam o abraço que enlaça a cidade protegendo-a das investidas dos vendavais,
Que no Inverno assolam as Ilhas.
Do outro lado da Espalamaca espraia-se a Praia do Almoxarife, presépio de casario
Colorido, que a dois passos da cosmopolita Horta oferece, num ambiente rural o lazer
Da praia onde se respira a brisa campestre, salpicada de elixir refrescante do mar,
Numa mistura saudável e regeneradora.
Fernanda
Foi no miradouro da Espalamaca, promontório protector da baía,
Onde admirei a beleza dos moinhos de vento bem conservados,
Vestígios da importância que gozavam no quotidiano dos tempos em que me criei;
Dali contemplei apaixonadamente mar e céu confundidos numa simbiose de cor e paz, com o Pico em toda a sua majestade a completar a beleza paisagística dumas vistas
Mais fotografadas de todo o arquipélago dos Açores.
A Horta espraiava-se enternecida aos pés do majestoso monumento da Imaculada
Conceição, assente num supedâneo de basalto e ladeada por uma cruz de cimento,
Que se eleva a grande altura. Vista do alto da Espalamaca, destaca-se a Marina repleta
De iates vindos de toda a parte do mundo e a cidade, que se ajeita á volta da baía, elevando-se num anfiteatro colorido como que a exibir-se perante o Pico, seu eterno namorado.
E aquele mar… sempre aquele mar, a unir e a separar as duas ilhas, numa quimera interminável.
Do lado oposto da cidade, o Monte Queimado e o Monte da Guia, completam o abraço que enlaça a cidade protegendo-a das investidas dos vendavais,
Que no Inverno assolam as Ilhas.
Do outro lado da Espalamaca espraia-se a Praia do Almoxarife, presépio de casario
Colorido, que a dois passos da cosmopolita Horta oferece, num ambiente rural o lazer
Da praia onde se respira a brisa campestre, salpicada de elixir refrescante do mar,
Numa mistura saudável e regeneradora.
Fernanda
terça-feira, julho 10, 2007
BRANCURA, E DOCE CORAÇÃO
MINHA AMIGA
NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO-C.CAPARICA-ALMADA
PRAIA DAS MAÇÃS-SINTRA
TERRA
PINTURA
LILÁS
segunda-feira, julho 09, 2007
Fado chorado
Porque não vens e falas?
Alguém terá de falar.
Porque ficas onde andas,
E calas, e me deixas a pensar.
Deixas-me o fado chorado
Nas vielas por cantar,
E eu digo o poema rimado
De coração a chorar.
Saudade, ai, quanta saudade,
De te despir todo num verso
E dizer toda a verdade
Neste meu fado adverso.
Diz-me de longe um adeus,
Que esse adeus fará sonhar,
Sonhos são todos teus,
Que para ti vou voar!
Fernanda
Porque não vens e falas?
Alguém terá de falar.
Porque ficas onde andas,
E calas, e me deixas a pensar.
Deixas-me o fado chorado
Nas vielas por cantar,
E eu digo o poema rimado
De coração a chorar.
Saudade, ai, quanta saudade,
De te despir todo num verso
E dizer toda a verdade
Neste meu fado adverso.
Diz-me de longe um adeus,
Que esse adeus fará sonhar,
Sonhos são todos teus,
Que para ti vou voar!
Fernanda
Voa livre
Voa livre meu pensamento,
No colo do vento norte…
Tão rápido e às vezes lento,
Sonhando com uma feliz sorte.
Agora está nas asas da brisa,
Na ponta da fantasia humana…
Perdido no Céu, onde profetisa,
Longe da materialidade mundana.
Refresca-se no orvalho de uma rosa,
Saltita entre nuvens de temperança,
Poisando numa estrela luminosa,
Onde colhe flores de esperança.
Fernanda
Voa livre meu pensamento,
No colo do vento norte…
Tão rápido e às vezes lento,
Sonhando com uma feliz sorte.
Agora está nas asas da brisa,
Na ponta da fantasia humana…
Perdido no Céu, onde profetisa,
Longe da materialidade mundana.
Refresca-se no orvalho de uma rosa,
Saltita entre nuvens de temperança,
Poisando numa estrela luminosa,
Onde colhe flores de esperança.
Fernanda
domingo, julho 08, 2007
NOSSA SENHORA DE FÁTIMA -SÉ DE VISEU
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