quarta-feira, outubro 24, 2007

DAS ESTRELAS É RAINHA

Estava no céu a brincar
uma linda estrelinha,
caiu de alegria ao saltar,
chegando à nossa casinha
mais depressa que o luar,
da Lua à Terra vizinha.

Ao sentir o seu brilhar,
tão intenso na noitinha,
corremos para a agarrar,
mas ela, de pé sozinha,
estendeu o seu olhar,
para a Paula, sua mãezinha.

Resolvemos acordar,
que na casa da Paulinha,
ficaria a guardar,
a nossa querida estrelinha,
até um dia casar
e ter a sua casinha.

Ela é de todos nós,
todos lhe damos amor
mas decerto também vós,
sentis sua alma em flor
e na sua forte voz,
seu coração em fulgor.

Das estrelas é rainha,
das flores nobre princesa,
amo muito a Francisquinha,
tem em si muita beleza,
a minha querida sobrinha,
simples como a Natureza.

Fernanda

terça-feira, outubro 09, 2007

SON DA MELODIA

Do nada surgiu a minha alma,
do nada proveio o meu sentir,
do nada nasceu a paz, a calma,
o amor que em mim sei existir!

Quando a tua vida te parecer vazia
e te sentires só, com teus olhos tristes,
luta por ti mesmo, sempre, dia a dia
e descobrirás que afinal existes!...

Repara! Medita! Para quê sofrer
por um passado vão de saudades más?
Vive a tua vida, deixa-a correr
e um novo rumo, tu descobrirás!...

Entendi a melodia que cantavas,
nada melhor poderia ouvir assim,
percebi nos sons agudos que chamavas,
chorei com os graves não ser por mim!

Embalei meu corpo ao som da melodia,
sonhou minha alma ao sentir as palavras,
subiu no meu peito uma calma ousadia,
carpiram meus olhos, pelo amor que lavras.

Desci das nuvens altas, quando emudeceste,
regressando ao ninho, qual ave celeste
sentindo a frieza do chegar da noite,
amanhã decerto terá outra veste!...

Calcorreio caminhos, procurando
nas bermas encontrar o teu amor,
corro ao ver no céu esvoaçando,
as penas que me causam tanta dor!

Fernanda

quinta-feira, outubro 04, 2007

SOBE VOANDO

Sei que choro por amor,
sei não o poder viver,
sinto esfriar o calor,
sinto meu ser a morrer.

A felecidade que trago
dentro do meu coração,
converte o frio em afago
e a dor numa canção.

Não sei como repartir,
nem como ao mundo mostrar,
a paz que tenho a dormir,
por te abraçar a sonhar.

Tudo que o meu ser sonha,
sobe voando no céu,
não temo a nuvem medonha,
parece-me um fino véu.

Será que a luz do luar,
me trará um dia a vida,
que eu deixei de lograr,
qundo me senti perdida ?


Fernanda