!... ÉS A LUZ DA MINHA VIDA...!

FOTOS DA ILHA DO FAIAL E ILHA DO PICO-AÇORES-PORTUGAL


Raios de luz esparges com carinho!
Ateias na minha alma a emoção!
Levas-me junto a ti devagarinho
Eu te sentindo em plena doação!

Os teus segredos contas de mansinho,
Teus desejos, amor, tua paixão!
Ofertas tua sombra como um ninho
Para acolheres a minha solidão!

Falas sempre comigo de mãos dadas
E só vemos estrelas muito aladas
Que sorriem, por vezes, com candura!

Lua bela, és a luz da minha vida!
Quando te vejo já não estou perdida!
Fonte eterna és da minha secura!


SONETO & FOTOS

FERNANDA COSTA

LISBOA, 25 DE JUNHO DE 2009

!... APELO DE PERENIDADE...!

FOTOS DA ILHA DO FAIAL-AÇORES-PORTUGAL


UM BARQUINHO, LÁ LONGE, A NAVEGAR
SORRIA PARA MIM NA DESPEDIDA,
ENQUANTO A MADRUGADA A CLAREAR
ME FAZIA VIBRAR E AMAR A VIDA!

EM TUDO O QUE VIVI ESTAVA A PENSAR
COMO AFAGO DE SAUDADE INCONTIDA!
ERA NINFA, AO LONGE A RECORDAR
AFASTADA MEMÓRIA JÁ PERDIDA!...

E O BARQUINHO A AFASTAR-SE LENTAMENTE
UMA VEZ MAIS SORRIU SERENAMENTE
A ACENAR-ME SINAIS DE ETERNIDADE!

MEU AMOR, COMO EU QUERO ACREDITAR
QUE ELE TRARÁ DE VOLTA O TEU OLHAR,
APELO IMENSO DE PERENIDADE!


SONETO & FOTOS

FERNANDA COSTA

LISBOA, 18 DE JUNHO DE 2009

!... DESEJOS D'ESPLENDOR...!

FOTOS DA ILHA DE S. MIGUEL-AÇORES-PORTUGAL



Oh! Junho fulgente e de sol escandante!
Por mim chamaste, não te dei resposta.
De ti segredos já ouvi de amante,
Já me propuseste uma grande aposta.

Tens noites de bálsamo fascinante
Que despertam aquilo que se gosta.
E meu querer sedento e palpitante
Sente-se sempre só e sem propostas!

Quem sabe se chegou hoje o momento
De tentar renascer do esquecimento
E passar a aderir ao teu fulgor?

A lua brilha num céu de marfim
Com um doce perfume de jasmim
Despertando desejos d'esplendor!


SONETO & FOTOS

FERNANDA COSTA

LISBOA, 14 DE JUNHO DE 2009

O RESSURGIR DA ALVORADA!...

FOTOS DA CIDADE DA HORTA-ILHA DO FAIAL AÇORES
Cidade que me viu nascer!...


Quem sou eu? Não sou nada uma ilusão
Que se vai esvaindo lentamente?
Já perdi de mansinho o coração
Como harpa a percurtir dolentemente!

Já fui luz, já fui chama, até vulcão!
Já vivi e amei sofregamente!
Hoje, catedral sou de solidão
Que qu'ria renascer suavemente.

E como uma suave melodia,
Aguardo ouvir cantar a cotovia
P'ra me sentir de novo acompanhada!

As aves buscam o sol e o seu ninho
Eu busco o encontrar do teu carinho
Esp'rando o ressurgir da alvorada!...


SONETO & FOTOS

Fernanda Costa

Lisboa, 05 de Junho de 2009