No macio algodão da tarde,
Olhando o lago escurecido
Pela partida do sol,
Sinto o amor amadurecido
Num campo de girassol,
Que levou a quente e cega paixão
E deixou o delírio amornecido
Pela sabedoria do coração.
Vem a noite amena, clara, de Lua cheia,
Onde encontramos luz plena,
Deixando que o outro leia
O pensamento que se palpita
Pela intuição e proximidade
Que entre nós se agita
E nos unirá para a eternidade.
No sedoso frescor da noite
É-nos mostrado o caminho,
Que prosseguimos de mãos dadas,
Passando pelo edificar de um ninho
De amor, como os contos de fadas,
Enfeitado com soluções de carinho,
De compreensão, tolerância e espera,
Sempre virente e mimoso. Pudera eu, pudera!
Fernanda
sexta-feira, setembro 28, 2007
GOTAS DE ÁGUA
Gotas de água escorrem pela face
enrugada pela agrura de uma Vida,
que pensara iria ter um desenlance
mais feliz, sem deixar mágoa nem ferida.
Quase não viveu, tentou sobreviver
afastando de si tão cruéis momentos.
Desde a mocidade ao envelhecer
não antevira tal, em seus pensamentos.
Gotas de água humedecem os seus lábios,
cerrados pelo pesar da sua alma.
Seus olhos brilhantes, genuínos sábios,
olham a outra Vida, plenos de calma.
Já vira em sonhos o Lado de lá,
sabia quanto de belo a esperava,
aguardou serena pelo seu maná
Livertou-se desta Vida tão escrava!
Um novo astro no Céu azul surgiu
mostrando, no Universo, outro Lugar,
ninguém olha o Céu, ninguém ainda O viu,
temem o momento de O ter de alcançar.
Esse momento está predestinado,
nada há que mude seu assomar,
podem não aceitar o Lugar citado,
mas todos têm um dia de abalar!
Fernanda
enrugada pela agrura de uma Vida,
que pensara iria ter um desenlance
mais feliz, sem deixar mágoa nem ferida.
Quase não viveu, tentou sobreviver
afastando de si tão cruéis momentos.
Desde a mocidade ao envelhecer
não antevira tal, em seus pensamentos.
Gotas de água humedecem os seus lábios,
cerrados pelo pesar da sua alma.
Seus olhos brilhantes, genuínos sábios,
olham a outra Vida, plenos de calma.
Já vira em sonhos o Lado de lá,
sabia quanto de belo a esperava,
aguardou serena pelo seu maná
Livertou-se desta Vida tão escrava!
Um novo astro no Céu azul surgiu
mostrando, no Universo, outro Lugar,
ninguém olha o Céu, ninguém ainda O viu,
temem o momento de O ter de alcançar.
Esse momento está predestinado,
nada há que mude seu assomar,
podem não aceitar o Lugar citado,
mas todos têm um dia de abalar!
Fernanda
domingo, setembro 23, 2007
SAUDADES DE TI
Folhas que murcham, caindo,
crianças que choram rindo,
e eu a pensar em ti.
Gente que passa, cantando,
quanta o faz mas chorando,
e eu a pensar em ti.
Águas que jorram das fontes,
ervas que crescem nos montes,
e eu a pensar em ti.
Rios que correm contentes,
tristezas que tu não sentes,
e eu a pensar em ti.
Aves que passam, voando,
seu chilreado entoando,
e eu a pensar em ti.
Gente que nasce e que morre,
é a morte que passa, que corre,
e eu a pensar em ti.
Por fim olho a Natureza,
como fico! Tu não sabes
sinto uma grande tristeza,
e tenho tantas saudades
saudades mas só de ti!
Fernanda
crianças que choram rindo,
e eu a pensar em ti.
Gente que passa, cantando,
quanta o faz mas chorando,
e eu a pensar em ti.
Águas que jorram das fontes,
ervas que crescem nos montes,
e eu a pensar em ti.
Rios que correm contentes,
tristezas que tu não sentes,
e eu a pensar em ti.
Aves que passam, voando,
seu chilreado entoando,
e eu a pensar em ti.
Gente que nasce e que morre,
é a morte que passa, que corre,
e eu a pensar em ti.
Por fim olho a Natureza,
como fico! Tu não sabes
sinto uma grande tristeza,
e tenho tantas saudades
saudades mas só de ti!
Fernanda
domingo, setembro 16, 2007
ETERNA SAUDADE
Poisou sobre mim sossego imenso,
ao Sol quente, todo o meu sonho, cedi!
Talvez por necessidade talvez por senso,
perante a Natureza adormeci!
Docemente compreendi o teu olhar
e como uma barca entrei no Mar!
Os remos eram a eterna saudade,
o leme o meu desmedido amor.
A barca vogava sobre lágrimas
pintadas de onde em onde por poesia.
A luz do Sol nas lágrimas luzia
forçava-me a cerrar as frágeis pálpebras.
A sombra do vasto arvoredo
fazia-me temer a indesejada solidão.
O vento foi sublime, não metia medo,
queria afagar-me com boa intenção.
Mas tudo o que eu procurava em segredo,
não era mais que um som do coração
mal se ouvia, mas a razão já me dizia:
Amanhã acordarás num outro dia
espero, tenhas ponderado essa paixão!
Fernanda
ao Sol quente, todo o meu sonho, cedi!
Talvez por necessidade talvez por senso,
perante a Natureza adormeci!
Docemente compreendi o teu olhar
e como uma barca entrei no Mar!
Os remos eram a eterna saudade,
o leme o meu desmedido amor.
A barca vogava sobre lágrimas
pintadas de onde em onde por poesia.
A luz do Sol nas lágrimas luzia
forçava-me a cerrar as frágeis pálpebras.
A sombra do vasto arvoredo
fazia-me temer a indesejada solidão.
O vento foi sublime, não metia medo,
queria afagar-me com boa intenção.
Mas tudo o que eu procurava em segredo,
não era mais que um som do coração
mal se ouvia, mas a razão já me dizia:
Amanhã acordarás num outro dia
espero, tenhas ponderado essa paixão!
Fernanda
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